10 Mandamentos do Futsal-12 Regras de ouro para um bom Atleta e o FAIR-PLAY

Os 10 Mandamentos do Futsal

Primeiro: Nunca se deve permanecer parado. Tem que estar em contínuo movimento em toda a dimensão do campo.

Segundo: Tem que saber jogar quando não se tem a bola, e sobretudo se algum companheiro de equipa a tem (Dar apoios, ocupar espaços vazios, etc.).

Terceiro: Nunca deve deixar de observar a bola.

Quarto: O jogador deve ser generoso com os seus companheiros no momento de passar a bola. É preferível assistir um companheiro que falhar uma oportunidade clara de golo.

Quinto: Nunca deve dar uma bola como “perdida”.

Sexto: Todos os jogadores têm que defender atrás da linha imaginária horizontal que descreve a bola quando a equipa contrária ataca.

Sétimo: Deve sempre colocar-se de forma a limitar a acção ofensiva do atacante e não deve entrar “de primeira” a roubar a bola, a não ser que a perna de apoio no solo do atacante, seja nesse momento aquele que domina (pé dominante nas execuções) a operação dos gestos técnicos.

Oitavo: Os passes entre os colegas de equipa devem ser curtos e rasos para haver melhor controlo e tensos de forma a não serem interceptados. Os passes horizontais nunca devem ser executados na periferia da nossa área. Devem-se utilizar frequentemente os passes diagonais e verticais.

Nono: O último jogador (o que fecha) nunca joga bola individualmente face à falta de apoios, nem arrisca, pois se perde a bola pode originar o golo do adversário.

Décimo: Deve ter paciência quando se iniciam jogadas, procurando jogar a bola entre todos os elementos da equipa. Sem “pressa” em finalizar as jogadas, devem-se executar os gestos técnicos com a maior velocidade e rapidez possível para a obtenção do golo. O tempo (segundos disponíveis) é precioso para a obtenção de remates à entrada da área adversária sobretudo quando existem erros defensivos.

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As 12 Regras de ouro para um bom Atleta

O entusiasmo e a boa disposição são características normais nos treinos.
Mas para que estes decorram sem problemas, sem acidentes e, sobretudo, com proveito, é necessário que sejas responsável e que sigas todas as indicações do teu Treinador, no que diz respeito às regras a cumprir e às tarefas a realizar na aula.
Toma, portanto atenção às seguintes regras de ouro nos treinos e jogos particulares/oficiais.

1. Evitar brincar no balneário
O treino começa quando entras neste espaço para te equipares e só termina quando, no final, o abandonares.

2. Tenta ser assíduo e pontual
Deste modo não prejudicará a tua aprendizagem e a dos teus colegas, e mostrarás respeito pelos treinos do teu Treinador

3. Cuida do teu equipamento
O equipamento para os treinos ou jogos, deve estar limpo e convém que seja usado apenas durante o treino ou jogo.

4. Retira todos os objectos perigosos
Relógios, anéis, brincos, pulseiras, etc., são objectos que te podem ferir ou aos teus colegas.
Por isso, guarda-os no saco dos valores.

5. Cumpre as regras de segurança
Para evitares acidentes que possam pôr em perigo a tua integridade física e a dos teus companheiros, deves cumprir as regras de segurança definidas pelo teu Treinador.
Pela mesma razão, deves aguardar a chegada do teu Treinador para entrares no espaço do treino.

6. Cumpre as indicações dadas pelo teu Treinador
Sem a necessária atenção, terás mais dificuldades em aprender os exercícios que o teu treinador te vai ensinar.
Participa nas aulas com entusiasmo, mas lembra-te que isso não significa confusão e algazarra.

7. Estima o material
O material necessário para as aulas é caro e tem de ser usado por todos os atletas.
Por isso, deves estimá-lo de forma a que a sua duração seja a mais longa possível.

8. Colabora com os teus colegas
Os atletas não têm todos as mesmas capacidades.
Para um bom funcionamento dos treinos, é necessário que cada atleta ajude os outros a ultrapassar as suas dificuldades.
Não deves ficar aborrecido quando, por exemplo, nos jogos, tens colegas mais fracos na tua equipa

9. Cumpre as regras dos jogos
Para jogares com os teus colegas é essencial que respeites as regras.
Ninguém gosta de jogar com batoteiros...

10. Aceita as decisões do Treinador.
O Treinador tem de ser justo e soberano nas suas decisões pelo que desde de logo deves aceitar e respeitar as suas indicações.

11. Aceitar a derrota
Quando participas num jogo, tens de entender que nem sempre podes ganhar.
Aceita a vitória do adversário sem aborrecimento.

12. Toma banho depois dos treinos ou jogos particulares/oficiais
Durante os treinos, certamente irás transpirar.
Deves, sempre que possível, tomar banho depois dos treinos.
Utiliza chinelos para não andares descalço nos balneários e limpa bem os pés e a cabeça, sobretudo no Inverno.

Estas regras podem e devem ser aplicadas na Escola...  
Quer nas aulas quer com os teus Professores!
NUNCA TE ESQUEÇAS DEVES DAR PRIORIDADE AOS ESTUDOS 

Coordenador de Formação
Raul Ferreira
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FAIR-PLAY OU FALTA DELE

Jogadores – Treinadores – Público – Televisão

O presente artigo tem como principal finalidade referir a influência que cada um dos intervenientes no Fenómeno Desportivo – Futebol – tem na promoção dos princípios do Fair-Play. Numa época em que este conceito tem sido tão debatido, quantas vezes mal tratado, importa compreender o contributo que cada pessoa pode emprestar na promoção de um futebol mas humanista.

1. Jogadores:
– Quando simulam faltas, enganam muitas vezes os árbitros, levando a que o público se insurja com insultos contra as equipas de arbitragem.
Estas atitudes condenáveis, são nalguns casos punidas posteriormente pelos Órgãos Superiores da Arbitragem. No entanto, quando interferem com o resultado do Jogo, aí já nada se pode fazer.

Quando simulam lesões levando a que o árbitro interrompa o jogo, com a intenção apenas de perder tempo, e quebrar o ritmo do jogo.

2. Treinadores:
- Cabe aos treinadores incutir no espírito dos seus jogadores que devem jogar para ganhar, proporcionando um espectáculo digno, mas não devem recorrer a expedientes para o fazerem.

Pede-se também aos treinadores mais decência para com os seus colegas de profissão, pois não fica bem o que ultimamente se tem visto a alguns quando a equipa que dirigem marca algum golo e se deslocam ao banco do seu opositor com gestos obscenos, ajudando muitas vezes à exaltação dos ânimos. Os treinadores não devem esquecer que hoje estão no céu mas amanhã quando os resultados forem adversos são despedidos. Tem de Haver Mais Humildade!

Senhores treinadores e jogadores, para que haja público nos estádios têm de existir bons jogos, e consequentemente bons espectáculos.

3. Público:
– Tem vindo a assistir-se nos últimos anos, por parte do público, a cenas perfeitamente lamentáveis, quando os resultados das suas equipas ficam aquém das expectativas. Não se coíbem em acenar com lenços brancos, exibindo ainda cartazes com insultos aos seus jogadores, treinadores e dirigentes.

Mais degradante se torna quando são os pais a darem aos filhos de 8 ou 10 anos, lenços brancos para que possam engrossar o número de insatisfeitos. Não podem os pais com estas atitudes esperar que os seus filhos no futuro sejam bons desportistas. Todos nós temos direito a mostrar a nossa indignação, mas não creio que seja com estas manifestações públicas, que pudemos ajudar a que as coisas melhorem. Existem canais próprios onde se podem tratar desses assuntos. Angariando assinaturas de sócios de modo a que possa convocar uma ou várias Assembleias Gerais, onde podem escalpelizar todas as suas preocupações face ao clube. E quando não haja consenso, podem destituir os Órgãos Sociais do Clube.

4. Televisão:
– Os canais de televisão que transmitem quase todos os jogos da 1ª Liga e alguns da 2ª Liga, prestam um péssimo serviço ao futebol, quando repetem vezes sem conta os lances do jogo pretensamente polémicos.

Acontece que os átrios dos estádios em Portugal possuem ecrãs de televisão, onde ao intervalo afluem muitos espectadores para se inteirarem dos lances supostamente polémicos e quando de facto se verifica que houve erro por parte da equipa de arbitragem, temos quase sempre uma 2ª. parte com o caldo entornado.

Não podemos esquecer que o árbitro julga pelo que vê, não tendo qualquer suporte tecnológico que o possa ajudar no momento exacto.

Em meu entender a televisão prestava melhor serviço ao espectáculo futebol se repetisse nas vezes que entendesse os lances polémicos, mas só depois de se terem concluídas todas as entrevistas dos intervenientes no jogo.

Este comportamento só ajuda a incendiar o futebol.

Existe ainda um canal de televisão codificado, que leva o seu "FORUM" de modo a que alguns telespectadores possam participar através de telefonemas sobre temas previamente propostos, passando ainda em rodapé mensagens onde os insultos a pessoas e clubes, são comuns. Este programa de televisão ao permitir estas mensagens insultuosas presta um mau serviço ao futebol e à Comunicação Social. A liberdade em que hoje vivemos não deve servir, para nos insultarmos a coberto de uma mensagem

O FAIR PLAY NÃO É, NÃO FOI, E NUNCA SERÁ UMA TRETA"
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Contributos para a compreensão do conceito:

É notório que a prática do Fair-Play no Desporto Infanto-Juvenil se encontra olvidada, ou até mesmo colocada propositadamente para segundo plano, visto que esta se encontra muitas vezes em conflito com a política do “Ganhar a todo o Custo”. É por isso que, se verifica um vazio muito grande no que concerne aos estudos relacionados com o Fair-Play e os Valores Morais no Desporto. Gonçalves, Cardoso, Freitas, Lourenço & Silva (2005) referem que o estudo das questões éticas no desporto para jovens tem sido esparso e descontínuo ao longo dos últimos anos.

Não será necessário um grande esforço intelectual, para facilmente se compreender que o treino com jovens se centra em grande medida, no treino das componentes físicas, técnicas e tácticas, na medida em que são estas as que estão implicadas, naquela que é a palavra-chave: GANHAR.

1. Fair-Play, Jogo Limpo ou Espírito Desportivo?
A literatura não é unânime quanto à utilização dos três conceitos acima referidos sendo que em alguns estudos aparecem como sinónimos. Na opinião de Santos (2006) estes conceitos não estão suficientemente claros na literatura especializada. O conceito de Fair-Play, numa tradição para o português significa jogo limpo, sendo muitas vezes entendido também como Desportivismo e Espírito Desportivo.

Para Gibbons et al. (1995) a definição de Fair- Play está sempre associada aos seguintes comportamentos: respeito pelas regras, pelo árbitros e suas decisões, respeito pelos outros, promover a igualdade de oportunidades e manter o auto-controlo em todas as situações.

O´connor (1994), perspectivam o conceito de uma forma mais global, não sendo apenas uma forma de jogar o jogo, mas uma maneira de estar na vida.

Vloet (2006) refere que o conceito de Fair- Play é muitas vezes utilizado de forma alargada, abrangendo não só a prática desportiva com honestidade como também valores como a saúde e a integração social. Contudo, o mesmo autor refere que a principal finalidade do Fair-play não é o Desporto como instrumento para a promoção de valores, mas antes” alcançar uma prática desportiva moralmente sã”

2. Situação actual do Fair-Play!
Um simples olhar pelo Desporto Infanto-Juvenil, coloca em evidência que este se encontra vazio de valores formativos e educativos. A crença de que a prática desportiva por si só é veículo de educação, não passa neste momento disso mesmo, de uma crença infundada. É usual comportamentos ecoléricos de atletas para com os árbitros, não aceitando as decisões dos mesmos, treinadores incitando os seus atletas a comportamentos violentos, adeptos entoando cânticos contendo impropérios para com os adversários. Estes factos, colocam-nos perante a questão, muitas vezes levantada pelo professor Teotónio Lima:

Qual o alcance educativo do desporto?
Em estudos recentes, Pinheiro (2005), procurando estudar a percepção que os jogadores de futebol juvenil tinham acerca do comportamento do seu treinador, concluiu que os treinadores dizem “asneiras” e discutem frequentemente com o árbitro. Ora este comportamento, sendo altamente reprovável, radica, sobretudo, na imperiosa necessidade de “Vencer”, como forma de os treinadores verem o seu mérito reconhecido.

A prática Desportiva de Jovens encontra-se, desta forma, impregnada de “vícios” e “doenças”, oriundas do Desporto Profissional, sendo que este se assumiu como um modelo à realização dos quadros competitivos dos mais Jovens.

Desta forma, a bandeira de “Vencer sem olhar a meios”, tão defendida no desporto profissional, acabou por “inundar” o Desporto Infanto-Juvenil de comportamentos pouco educativos. A este respeito Spamer (2005) efectuou uma pesquisa com jogadores de elite de rugby denominado “comportamento ético versos ganhar a todo o custo. A amostra foi constituída por dezoito jogadores de elite da selecção nacional da África do Sul com uma média de idades de 20,5 anos. Os resultados demonstraram que o grupo manifestava maior apetência pela Filosofia da vitória a todo o custo, certamente por serem atletas sobre quem existem grandes expectativas. Importa ainda referir que estudos realizados em Portugal (Gonçalves 1990, 1992; Lopes, 1994), sobre o pensamento dos jovens acerca do Fair-Play colocam em evidência algumas curiosidades: 1-os inquiridos aceitarem a ideia de que quem joga com Fair-Play perde quase sempre; 2- defenderem a tese de que tudo o que o árbitro não vê é legal, entre outros. Partindo-se do princípio válido que a Educação tem um papel preponderante nos comportamentos das crianças e que os adultos detêm um papel formador, algumas questões se levantam:

Porque razão os jovens não se reveêm nos ideais do Fair-Play?
Quem assume a responsabilidade de promover estes valores?

3. A quem cabe o papel de promover o Fair-Play?
As hipóteses de os desportistas considerarem o Fair-Play como natural aumentam sempre que esta política é respeitada por todos e promovida pelos treinadores, pais, árbitros...” (Vloet, 2006)

É certo que quase ninguém duvida que, o Fair-Play é um elemento indispensável à prática Desportiva, tão essencial como a existência de material desportivo e equipas para competirem. Também não é menos verdade, que um Desporto vazio de valores educativos, é seguramente um desporto mais pobre e menos justo

Contudo, na hora de se assumirem as responsabilidades quanto à promoção destes valores, assiste-se a uma inegável fuga dos adultos responsáveis pela organização da prática desportiva. É verdade que acções de sensibilização promovendo o Fair-Play, o uso de camisolas e palavras de ordem com mensagens educativas e o içar de bandeiras, são acções que consideramos importantes, mas que, na nossa opinião se tornarão infrutíferas se não forem consubstanciadas em comportamentos. Quer isto dizer que, não basta apregoar que o Fair-Play é importante, se depois os comportamentos são antagónicos àquilo que se defende.

Neste capítulo, Pais, Dirigentes, Árbitros e Treinadores assumem um papel de especial relevo, na medida em que se assumem como referências comportamentais para os mais jovens. Estes adquirem muitos dos seus comportamentos por observação dos adultos significativos.

3.1. O treinador na promoção do Fair-Play!
“Os treinadores são reconhecidamente o agente de socialização mais influente no que se refere à aquisição de comportamentos e atitudes nas práticas infanto-juvenis”.( Gonçalves,2006)

A respeito dos treinadores, são inúmeros os estudos referidos na literatura, defendendo que estes se assumem como “exemplos” que as crianças seguem.

Num estudo levado a cabo por Costa, Pinheiro & Sequeira (2007), estes pretenderam analisar se o treinador promove a Educação e a Saúde no treino procurando analisar a percepção que os atletas têm do comportamento do treinador e comparando com a auto percepção do mesmo. Concluíram que os atletas consideram o seu treinador como um exemplo a seguir, apesar de estes discutirem com o árbitro, dizerem asneiras e afirmarem aos seus atletas que ganhar é o mais importante, revelando-se a verdadeira influência dos treinadores sobre os jovens. A conclusões semelhantes já haviam chegado Cruz, Boixadós,Valiente & Capdevila (1995), ao realizarem um estudo com jovens de 3 escalões etários diferentes. Os investigadores concluíram que a atitude dos jovens para com o Fair-Play depende, sobretudo, da forma como os treinadores e os organizadores das provas orientam os jovens. Também um estudo realizado pelo governo canadiano em 1987 chegou à conclusão que 94% dos jovens praticantes de desporto procuram agir de acordo com aquilo que o treinador pretende

Este estudos, revelam, apenas, aquilo que é por demais notório, ou seja, o treinador tem um papel fulcral na forma como os jovens encaram a prática desportiva. Assim, se o atleta visualiza no treinador comportamentos tais como, aceitar as decisões dos árbitros, respeitar os adversários, ser sereno na derrota e humilde na vitória, poderá certamente sentir-se impelido a comportar-se de igual modo. Ao invés, se o atleta está habituado a observar o treinador a discutir com o árbitro e a dizer “asneiras”, como sugere o estudo de Pinheiro, Sequeira & Alves (2005), então, aumentam as probabilidades de os atletas se comportarem de tal forma. Em suma, e como nos refere Adelino (2006), no desporto os atletas reflectem essencialmente os valores que o seu treinador defende.

Com base nestes estudos, parece-nos importante repensar toda a prática desportiva juvenil, levantando algumas questões, para as quais procuraremos encontrar respostas:< 
 Porque razão os jovens manifestam conductas anti Fair-Play? 
O que leva os treinadores a não promoverem o Fair-Play? 
 Em relação à primeira questão, parece-nos que esta já foi sendo escalpelizada ao longo deste artigo. 
Não se pode pedir aos jovens comportamentos pró-sociais, quando ao seu redor, aquilo que têm como exemplo é diametralmente oposto. 
Diríamos que, assim como não se pode pedir a uma criança que aprenda a ler, se o seu professor não lhe ensinar as letras, também não se pode pedir a um atleta que se comporte com lisura, se o seu treinador assume uma postura incorrecta. 
 A resposta à segunda questão, parece-nos mais difícil, devido ao número de variáveis que a influenciam. Contudo, existem um conjunto de reflexões que importa fazer acerca desta questão. 
 A grande maioria dos treinadores de jovens assumem como objectivo da sua carreira, chegarem a treinar equipas de Alta Competição. 
Assim, o treino com jovens é encarado com uma fase transitória, como uma etapa onde o treinador tem de demonstrar possuir espírito de conquista, ou seja, onde obrigatoriamente tem de ganhar. 
Esta pressão exterior que é exercida sobre os técnicos, leva-os, muitas vezes, a seguirem um caminho devastador do ponto de vista pedagógico, colocando o enfoque do seu trabalho nos factores relacionados com a vitória. 
Não nos esqueçamos da célebre frase do treinador americano Vicenti Lombardi ao afirmar que “Ganhar não é tudo- Ganhar é a única coisa que conta”. 
Ou seja, passa-se a enfatizar apenas a vertente física, técnica e táctica. Contudo, concordamos plenamente com as palavras de Curado (2002), ao afirmar que se recusa a ver um qualquer jogo desportivo colectivo como um mero instrumento de simples expressão de capacidades técnico-táctico-físicas. 

 3.2. Os pais na promoção do Fair-Play! 
“... pais e treinadores constituem para os atletas as pessoas significativas que mais os influenciam em todas as fases de sua carreira...” 
(Serpa, 2006) Falar em promoção do Fair-Play no desporto para jovens, esquecendo-nos do papel dos pais, é certamente um erro. 
Os pais assumem um papel preponderante na defesa destes ideais, na medida em que são os primeiros e principais responsáveis pela educação das crianças. 
Contudo, a observação directa do fenómeno desportivo, evidencia-nos que em grande medida, as motivações dos pais, nem sempre estão de acordo com a promoção dos referidos ideais. 
Não são necessários grandes esforços, para encontrarmos nos recintos desportivos, pais que insultam treinadores que não põe os filhos a jogar; pais que insultam árbitros que tomam decisões, ou até mesmo pais que agridem atletas adversários. 
Uma questão se levanta: 
Fará sentido falar em Fair-Play aos atletas, quando os pais são os primeiros a evidenciar comportamentos indignos. Horta (2006), coloca em evidência um dos primeiros problemas que surge quando os pais projectam nos seus filhos aquilo que eles nunca conseguiram, mas algum dia pretenderam alcançar no desporto. 
Na mesma linha Cid (2002), refere que os pais se esquecem que o desporto é direccionado para o benefício dos filhos e não para o seu. 
O treinador tem também uma função importante, no envolvimento dos pais.
Vloet (2006), sugere que os treinadores devem informar os pais de que o clube necessita da sua ajuda na educação para o Fair-Play dos seus filhos.
Refere ainda que, os treinadores devem pedir aos pais que se assumam como modelos de comportamento. Cruz (2005), num estudo em que procurou compreender o papel dos pais como promotores de Fair-Play, chegou à conclusão que os pais devem demonstrar uma dedicação adequada, interessando-se pelas experiências desportivas de seus filhos, aceitando seus erros e fracassos e procurando não interferir nas funções do treinador.

 3.3. Os dirigentes na promoção de Fair-Play!
O papel desempenhado pelo dirigente desportivo na implementação e defesa dos valores inerentes ao Espírito Desportivo não pode ser menosprezado, atendendo à intervenção determinante que lhe cabe na organização da prática das modalidades ( Adelino, 2006). Quer isto dizer que a intervenção do treinador na defesa do Fair-Play estará sempre condicionada, visto hierarquicamente, o Dirigente se encontrar num patamar superior ao do treinador.
São inúmeros os estudos que revelam que em muitas situações, o treinador coloca em demasia a tónica na vitória, pois a pressão vinda das estruturas que dirigem, é elevadíssima.
É curioso ouvir alguns treinadores dizerem que não são pagos para promoverem o Fair-Play, mas para ganhar jogos. Estas afirmações só vêm confirmar aquilo que temos vindo a defender, ou seja, a Vitória como único caminho brioso a percorrer na prática Desportiva. Recusamo-nos a ver a prática desportiva de jovens, reduzida a política da Vitório- dependência.
Assim, e como nos refere Gonçalves (1997), ao dirigente desportivo compete a responsabilidade do desenvolvimento de programas desportivos específicos para crianças e jovens, como objectivos particulares bem definidos, atendendo às características etárias dos praticantes.
Quer isto dizer que importa repensar a forma como os dirigentes desportivos organizam o desporto para jovens, dando espaço aos treinadores para realizarem o seu trabalho, num ambiente propício ao desenvolvimento integral dos seus atletas, longe de pressões que precipitam a formação dos jovens praticantes num “poço” sem fundo

 3.4. A Educação Física na promoção do Fair-Play!
A Educação Física, nomeadamente, através do seu professor, revestem-se de um papel fulcral na promoção do Fair-Play junto dos alunos.
Se partirmos do princípio de que nem todas as crianças praticam desporto federado, mas que todas elas passam pelo processo educativo da escola, compreendemos que para muitos jovens a Educação Física se assume como a única via para a implementação de valores na prática desportiva.

A AJJ pode orgulhar-se de já ter sido premiada com o Prémio FAIR-PLAY no Torneio de Futebol 7 "TROFINTAS CUP10" Torneio Organizado pelo CD Trofense da Liga ORANGINA!

Coordenador Formação
Raul Ferreira

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Objectivos de Formação da AJJ

Mantendo a base idealizada para o trabalho de desenvolvimento e Formação da AJJ, e mantendo-se também assente na realidade da sociedade actual e dos tempos que vivemos, existe a necessidade de criar e manter nas crianças e jovens hábitos de uma ocupação saudável dos seus tempos livres, através do exercício físico e de actividades onde impere a amizade e o convívio social, aliado ao Desportivismo e Fair-play.

Assim sendo AJJ mantém os seus objectivos principais, de forma a continuar a contribuir para formação de jovens no âmbito desportivo e como membros integrantes de uma sociedade cada vez melhor.

Esperando poder continuar a ter capacidade de preencher algum do tempo livre das crianças e jovens da nossa aérea de intervenção, onde puderam adquirir hábitos desportivos, desenvolvimento de aptidões físicas, melhoramento na prática de futsal/Futebol e formação cívica/social.

Desta forma, é possibilitado pela AJJ o acesso à prática de Futsal/Futebol e não só a todas as crianças e jovens dos 4 aos 12 anos, de ambos os sexos, independentemente das suas capacidades e ou aptidões.

Na AJJ é trabalhada essencialmente a formação dos atletas, proporcionando o ensino á prático de Futsal/Futebol através das acções técnico/tácticas - pedagógicas mais indicadas, permitindo às crianças e jovens familiarizarem-se com o mundo mais puro do "Futsal".

A formação de jovens Desportistas é uma actividade pedagógica que exige dos treinadores cada vez mais qualificações adequadas e um elevado sentido de responsabilidade junto dos atletas.

Em cada treino é visado o desenvolvimento das capacidades específicas: físicas; táctico-técnicas do Futsal; psíquicas; sociais de cada um; a criação de hábitos desportivos; a aquisição de um conjunto de valores como a responsabilidade, cooperação o rigor e o Fair-play.

Na AJJ, o treinador/educador é principalmente o ex-praticante ou praticante em final de carreira que quer pôr ao dispor dos atletas os conhecimentos desportivos, sociais e cívicos que adquiriu ao longo da vida, juntamente com formação específica com que se vai preparando a cada dia, quer com formações quer com o aprofundar dos seus conhecimentos com leitura e vídeos adequados.

Cada treinador da AJJ, é convidado para treinar, sendo seleccionados não só pelas suas capacidades e conhecimentos desportivos, mas mais ainda pelo seu carácter e realidade social, não sendo limitando a aplicar a sua experiência de antigo jogador, mas fundamentalmente de Homem com valores sócio culturais.

Sendo um objectivo da instituição melhor formar os jovens para uma sociedade melhor e com mais valores, tentando assim ajudar as escolas e os encarregados de educação, na árdua tarefa, que é educar bem.

Na nossa perspectiva, o treinador/educador deverá reunir um conjunto de competências nos domínios do saber, saber fazer e saber fazer com que outros façam, respeitando todo e todos dentro do maior espírito de grupo, rigor e Fair-play:

Ao treinador da AJJ cabe:

• Conhecer bem os jovens que treina, bem como as características das suas diferentes fases de desenvolvimento.

• Contribuir para o desenvolvimento das capacidades específicas (físicas, táctico-técnicas e psíquicas) do futsal, de acordo com as necessidades e capacidades dos jovens atletas tentando tirar o melhor de cada um.

• Contribuir para uma formação geral e integral de cada atleta como cidadão comum.

• Promover o gosto e o hábito pela prática desportiva, proporcionando prazer e alegria a todos os atletas.

• Dirigir as expectativas dos atletas e dos seus familiares de uma forma real sempre baseada no máximo Desportivismo, rigor e Fair-play.

• Dirigir as suas acções, valorizando fundamentalmente o esforço e o progresso na aprendizagem escolar, colocando em primeiro lugar os interesses dos atletas e respectiva família, e só depois, os da equipa, seguindo-se a alegria e o prazer das vitórias.

Uma das características dos bons treinadores é o desejo e a capacidade permanente de se actualizarem, de procurar saber sempre mais, o que passa por uma formação contínua através da participação em debates e colóquios de treinadores, da leitura de revistas da especialidade, da observação e na troca de experiências e de métodos de treino.

Em todas as actividades é um objectivo da AJJ cultivada a personalidade e carácter dos atletas, disciplinando-os na aplicação dos conhecimentos adquiridos e dentro das suas possibilidades, mas com precisão e rigor.

Nas equipas da AJJ são trabalhadas, todas as componentes importantes do treino e dos jogos, de acordo com as necessidades de cada atleta e da equipa, sendo os treinos divididos em varias fases de diferentes métodos e moldes de treino, consoante o desenvolvimento quer do atleta quer da própria equipa.

A metodologia da AJJ surge de um cuidadoso estudo do Coordenador de Formação e toda a equipa técnica sobre algumas das mais importantes referências bibliográficas no ensino Desportivo (Futsal/Futebol) para crianças e jovens.

As inscrições de cada atleta são renovadas todos os anos, quer por uma questão de logística interna, como para actualização dos seguros.

A cada atleta será cobrado o valor estipulado para despesas de inscrição na LFF (no valor da inscrição está incluído o seguro anual e cartão de Atleta obrigatórios), e uma mensalidade, também a estipular para de forma a assegurar as despesas inerentes e recorrentes à época.

O Coordenador de Formação

Raul Ferreira

VISITAS